segunda-feira, 22 de agosto de 2022

O Casarão Abandonado da Cidade de Silveira Martins


Casarão abandonado onde funcionou um antigo estabelecimento comercial denominado de "Açougue do Povo", localizado no centro da Cidade de Silveira Martins, na região central do Estado do Rio Grande do Sul. O áudio em execução traz a voz do Sr. cujo sobrenome é Comoretto, um antigo funcionário do local que trabalhou por 32 anos no local. Por razões de ordem pessoal, apenas o áudio de sua voz será exibido neste vídeo.

O Sr. Comoretto traz um relato vivo da história do lugar e dos tempos de glória do estabelecimento comercial que era, á sua época, o único açougue da Cidade. Ao mesmo tempo, nos traz a nostalgia e a tristeza que se abateu e tomou conta do antigo casarão. Além de abastecer a Cidade de Silveira Martins, o açougue fornecia carnes nos principais supermercados da Cidade vizinha de Santa Maria, cidade hoje com quase 300.000 habitantes. Chegou-se a abater 450 cabeças de ovelhas num único dia, além do abate tradicional. conforme relato impressionante do Sr. Comoretto. Tudo isso num pequeno açougue numa cidade interiorana.

O Casarão foi construído por volta da década de 1950, e representa um estilo eclético de transição, com destaque para uma platibanda com elementos geométricos o a moldura nas esquadrias das janelas. A fachada ainda mantém-se intacta, mas a cobertura de telhas de cerâmica já começa a ruir completamente. Vitélio Zago, que empresta o seu nome à rua em frente ao Casarão, foi quem iniciou o comércio de Açougue no local, quando construiu um anexo ao lado da casa para o exercício da atividade, pelos ídos da década de 1960. Mais tarde, o negócio foi mantido por seu filho Nelson Zago e pelo neto, Valdomiro Zago.

O Casarão foi construído por Sílvio Trevisan, com a finalidade de servir como sua residência. Posteriormente foi alugado para a família Culau e, em sequência, abrigou o consultório de um dentista. Posteriormente foi adquirido pela família Zago, que detém a propriedade do imóvel até os dias da gravação deste vídeo. A Açougue do Povo funcionou no local até o final e início das décadas de 1990/2000, quando foi definitivamente fechado. Malvina Antonello Zago, esposa de Nelson Zago foi a última moradora do antigo casarão.

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