segunda-feira, 31 de maio de 2021

Casas Antigas - A Casa Antiga e os Apartamentos


Casas Antigas - A Casa Antiga e os Apartamentos. A Casa Antiga e os Apartamentos é um vídeo que representa os tempos de intensa exploração imobiliária em contraste com o patrimônio histórico de uma cidade, aqui no caso o município de Santa Maria.
Em meio a intensas discussões sobre um polêmico pleno diretor que permite a demolição, inclusive, de prédios históricos que não estejam tombados, temos o exemplo positivo de uma incorporadora da construção civil que resolveu em seu projeto arquitetônico manter ao menos a fachada original da antiga residência onde construiu o moderno prédio de apartamentos de seu empreendimento.

Assim ao menos mantém-se identidade cultural desta importante construção que retrata um pouco da alma e do passado da cidade. Uma iniciativa que deve ser seguida e incentivada e uma luz em meio a tanta treva que ronda o nosso tão esquecido patrimônio histórico e cultural do pais.

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Casas Antigas - A Casa Antiga e Seu Projeto de Reforma


A Casa Antiga e Seu Projeto de Reforma, uma construção do início do século localizada na divisa dos bairros Centro e Bom Fim, em Santa Maria, que passa por um projeto de reforma que irá, ao final, preservar a fachada original do imóvel. O Bairro Bom Fim foi sede de imigrantes alemães que se estabeleceram no local quando chegaram em Santa Maria.
Este imóvel é contemporâneo desta época, mas pouco conseguimos descobrir sobre ele. Uma casa antiga e que guarda muito da história da cidade e de seus primeiros habitantes.

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Casas Antigas O Palacete dos Chaves Barcellos


Casas Antigas - O Palacete dos Chaves Barcellos. O Palacete dos Chave Barcellos. Localizado no Centro Histórico de Porto Alegre, o palacete dos Chaves Barcellos representa o último casarão de uma série de antigos casarões existentes nas imediações, construídos no início do século XIX e demolidos para dar espaço a amplos prédios residenciais e comerciais, numa época em que a arquitetura e o patrimônio Histórico ainda não eram valorizados.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Igrejas Antigas do Brasil - Capela de São João Batista em Arroio do Só


No Distrito de Arroio do Só está localizada a maior capela do interior do estado, consagrada a São João Batista. Uma igreja com traços góticos e de uma construção simples e funcional, localizada numa área central do Distrito. O templo foi construído na década de 30, e representa o símbolo da religiosidade trazida pelo colonos de descendência italiana que se estabeleceram na região.
No passado, o povoado recebeu impulso de grupos de famílias italianas oriundas da Colônia de Silveira Martins. Mais uma bela igreja antiga no interior que encontra-se em funcionamento e atende a toda a comunidade do Distrito. O Arroio do Só, assim como o Itararé, tiveram seu auge e declínio com a ferrovia. Além do gado, existem relatos que na área eram criados cavalos para rodeio, transporte e produção de couro e, ainda, eram cultivados cereais, como trigo e milho, vendidos a comerciantes de Cachoeira do Sul e Rio Pardo.

Foi colonizado essencialmente, para a agricultura e pelos grandes proprietários. Os pequenos produtores cultivavam as terras e cuidavam do rebanho, composto principalmente de vacas de leite, através da mão-de-obra familiar. As técnicas de produção eram artesanais, consistindo em abandonar o solo assim que fosse utilizado por certa quantidade de anos consecutivamente.
Desses imigrantes, os primeiros vieram atraídos pela estrada de ferro, devido a localização estratégica de bifurcação de estradas, onde a estação localizava-se. A colonização de Arroio do Só foi efetivada principalmente por povos de origem portuguesa. Até o Século XIX os povos luso-brasileiros constituíam a grande maioria em Arroio do Só.

Atualmente, essa origem ainda corresponde a maior parte da população. Os povos de origem italianas que ocuparam, posteriormente, vieram principalmente da 4ª Zona de Colonização - Silveira Martins. Nas décadas de 1930, 1940 e 1950, Arroio do Só vivenciou o auge do seu desenvolvimento, enquanto pólo econômico promissor. Por volta de 1950, a unidade residencial Vila Arroio do Só contava com estradas bem conservadas que beneficiava a circulação de mercadorias e pessoas, rede de telefonia, hotéis, hospital denominado Santa Terezinha, prédio que foi destruído e onde atualmente está instalado a sede do CTG Victório Mário.

Em 1916, havia uma linha de ônibus recém criada que ia de Arroio do Só a Vale Vêneto (hoje, distrito do município de São João do Polêsine); outra linha ia de Estação Colônia (hoje, Camobi) a Silveira Martins. Arroio do Só ficava alijada da comunicação direta com a zona de colonização italiana.

segunda-feira, 3 de maio de 2021

Casas Antigas O Parque Histórico de Dona Francisca


Casas Antigas O Parque Histórico de Dona Francisca. Na região centro do estado do RS está localizada a cidade de Dona Francisca, que foi colonizada por imigrantes alemães e italianos no final do século XiX. O canal Arquitetura Abandonada esteve no local e fez esta bela filmagem de seu parque histórico, localizado no centro da cidade e que retrata as nuances desta época, assim como guarda a memória dos equipamentos e ferramentas utilizados pelos primeiros colonizadores.

domingo, 2 de maio de 2021

A Antiga e Centenária Ponte de Pedra da Cidade de Cachoeira do Sul



Antiga Ponte de Pedra sobre o Rio Botucaraí, localizada na Localidade de Forqueta, interior do Município de Cachoeira do Sul,  no Estado do Rio Grande do Sul. A Antiga Ponte de Pedra foi construída no período imperial do Brasil, tendo a sua construção se iniciado no ano de 1832 e finalizada no ano de 1848, quando a mesma já registrava tráfego de carreta nos registros da comunidade local. A ponte também é conhecida como a ponte do imperador, em razão de existir a crença de que a mesma teria sido feita para a passagem do imperador Dom Pedro II durante uma de suas passagens por Cachoeira do Sul. Esta crença, no entanto, não encontra sustentação histórica.


Dom Pedro II esteve na Cidade de Cachoeira do Sul pela primeira vez no ano de 1846, em visita à região após a pacificação do Sul do Brasil e o encerramento da Guerra dos Farrapos. Nesta época a construção da ponte de pedra ainda não havia sido finalizada. A segunda visita de Dom Pedro II à Cidade de Cachoeira do Sul, à época denominada Vila Nova de São João da Cachoeira, se deu em 1865, quando a comitiva imperial rumava para a Cidade de Uruguaiana em decorrência de desdobramentos da Guerra do Paraguai, chegando à Cidade através de um barco a vapor pelo Rio Jacuí, que teria atracado no Passo de São Lourenço. 


Conforme registros históricos, a Ponte de Pedra do Rio Botucaraí teve início em 1832 por determinação do  Desembargador Manoel Antônio Galvão, então Presidente da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. A obra, no entanto, foi interrompida entre 1835 e 1845 em razão da Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos que eclodiu na região. As obras foram retomadas em 1847 e em 1848 foi definida a empreiteira para a finalização da obra, que se deu em outubro do mesmo ano. Conforme relato do  intendente Isidoro Neves da Fontoura, a Ponte de Pedra do Rio Botucaraí foi a primeira ponte neste estilo de construção feita do Estado do Rio Grande do Sul.


A importância histórica da ponte foi notável, pois ela dava o único acesso para a passagem de tropas e de mercadorias para a Cidade de Rio Pardo e, consequentemente, para a Capital da Província, Porto Alegre. Sua construção se deu em alvenaria da época, com as arestas e cabeceiras feitas de pedras irregulares e os arcos feitos de tijolos unidos com uma mistura de areia e cal de mesma proporção. A Ponte de Pedra do Rio Botucaraí foi utilizada com intensidade até a década de 1950 quando caiu em desuso. A dificuldade de travessia feita por carros modernos e a construção de novas estradas, assim como as constantes cheias de Rio Botucaraí, desviaram o fluxo de pessoas no local, o que, aos poucos, aumentou o seu estado de degradação.



No ano de 2010 uma das cabeceiras da ponte ruiu, colocando em risco toda a estrutura. A partir de então, a comunidade uniu-se em torno de um Grupo de Recuperação da Ponte de Pedra que, com o auxílio do Exército Brasileiro e de diversas outras entidades, procederam a recuperação e o restauro da estrutura centenária. A reforma foi finalizada no ano de 2011. Hoje o sentido da Ponte de Pedra foi ressignificado, passando de uma importante estrutura viária de infraestrutura de sua época de construção, para um importante símbolo histórico e cultural do Município, além de ser um interessante ponto de turismo e de lazer municipal e regional.


Como curiosidade, o nome do Rio que a ponte atravessa, Botucaraí, corresponde a um curso de água que pertence a grande bacia hidrográfica do Rio Jacuí, correndo em direção ao estuário do Rio Guaíba. A etimologia da palavra, na língua Tupy-Guarani é  ybyty-caray (Monte Santo), o que define Botucaraí como o Rio do Monte Santo.





Fontes de Pesquisa:


Marcas espaciais do tempo histórico: as rugosidades da paisagem rural de Cachoeira do Sul/RS. Vidal, Lisane Regina. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/handle/1/15562


https://pontedepedra.blogspot.com/


http://www.ipatrimonio.org/


ANAIS DO II CONGRESSO NACIONAL ANAIS DO II CONGRESSO NACIONAL PARA SALVAGUARDA AGUARDA DO PATRIMÔNIO CUL TRIMÔNIO CULTURAL

 UFSM-CS. ISBN 978-85-94140-06-7. II CONGRESSO NACIONAL CONGRESSO NACIONAL PARA SALVAGUARDA AGUARDA DO PATRIMÔNIO CULTURAL

Volume III: Paisagem em suas várias dimensões. Disponível em: https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/221/2020/03/II_CNSPC_2019__Anais_Volume-3.pdf


http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000319.pdf



https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/182902/000017387.pdf?sequence=1&isAllowed=y