No Distrito de Arroio do Só está localizada a maior capela do interior do estado, consagrada a São João Batista. Uma igreja com traços góticos e de uma construção simples e funcional, localizada numa área central do Distrito. O templo foi construído na década de 30, e representa o símbolo da religiosidade trazida pelo colonos de descendência italiana que se estabeleceram na região.
No passado, o povoado recebeu impulso de grupos de famílias italianas oriundas da Colônia de Silveira Martins. Mais uma bela igreja antiga no interior que encontra-se em funcionamento e atende a toda a comunidade do Distrito. O Arroio do Só, assim como o Itararé, tiveram seu auge e declínio com a ferrovia. Além do gado, existem relatos que na área eram criados cavalos para rodeio, transporte e produção de couro e, ainda, eram cultivados cereais, como trigo e milho, vendidos a comerciantes de Cachoeira do Sul e Rio Pardo.
Foi colonizado essencialmente, para a agricultura e pelos grandes proprietários. Os pequenos produtores cultivavam as terras e cuidavam do rebanho, composto principalmente de vacas de leite, através da mão-de-obra familiar. As técnicas de produção eram artesanais, consistindo em abandonar o solo assim que fosse utilizado por certa quantidade de anos consecutivamente.
Desses imigrantes, os primeiros vieram atraídos pela estrada de ferro, devido a localização estratégica de bifurcação de estradas, onde a estação localizava-se. A colonização de Arroio do Só foi efetivada principalmente por povos de origem portuguesa. Até o Século XIX os povos luso-brasileiros constituíam a grande maioria em Arroio do Só.
Atualmente, essa origem ainda corresponde a maior parte da população. Os povos de origem italianas que ocuparam, posteriormente, vieram principalmente da 4ª Zona de Colonização - Silveira Martins. Nas décadas de 1930, 1940 e 1950, Arroio do Só vivenciou o auge do seu desenvolvimento, enquanto pólo econômico promissor. Por volta de 1950, a unidade residencial Vila Arroio do Só contava com estradas bem conservadas que beneficiava a circulação de mercadorias e pessoas, rede de telefonia, hotéis, hospital denominado Santa Terezinha, prédio que foi destruído e onde atualmente está instalado a sede do CTG Victório Mário.
Em 1916, havia uma linha de ônibus recém criada que ia de Arroio do Só a Vale Vêneto (hoje, distrito do município de São João do Polêsine); outra linha ia de Estação Colônia (hoje, Camobi) a Silveira Martins. Arroio do Só ficava alijada da comunicação direta com a zona de colonização italiana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário