segunda-feira, 13 de junho de 2022

A História do Monumento ao Imigrante Italiano em Silveira Martins


A História do Monumento ao Imigrante Italiano em Silveira Martins. Na tela o Monumento em homenagem ao Imigrante Italiano, construído na VRS 804, na subida da Serra que leva ao Hoje Município de Silveira Martins, que na época das imigrações era Distrito da Cidade de Santa Maria e foi a sede da Quarta Colônia de Imigração Italiana do Rio Grande do Sul, localizada na região central do Estado. Cabe dizer que a história das imigrações nesta região estão associadas, entre outras, à figura de Gaspar Silveira Martins, político gaúcho nascido no Uruguai e um grande defensor das imigrações no sul do Brasil e de melhores condições de vida aos imigrantes aqui chegados. O nome do Município de Silveira Martins, inclusive, é um tributo em sua homenagem.

Dentro destas circunstâncias foi criado então o Núcleo Colonial da Cidade de Santa Maria da Boca do Monte, cujas terras seriam vendidas a imigrantes para angariar recursos para os cofres da cidade. Este núcleo, mais tarde, viria a se tornar a Quarta Colônia de Imigração, chamada de Colônia Silveira Martins à partir do ano de 1879. A ideia embrionária da criação de uma colônia de imigração na região foi um pedido ao governo imperial da Câmara de Vereadores da Cidade de Santa Maria da Boca do Monte, hoje Santa Maria, para a concessão e a demarcação de terras devolutas que deveriam serem anexadas ao patrimônio desta cidade.

Dessa forma constituiu-se a Quarta Colônia Imperial de Imigração Italiana, que foi denominada Colônia Silveira Martins, composta pelas áreas dos hoje Municípios de Silveira Martins, Faxinal do Soturno, Ivorá, São João do Polêsine, Nova Palma, Pinhal Grande e Nova Palma. As cidades de Agudo e Restinga Seca, embora hoje façam parte da Região da Quarta Colônia, não tiveram a sua colonização majoritariamente feita por imigrantes italianos. Antes da chegada dos colonos italianos e se tornar a Colônia Silveira Martins, o Núcleo Colonial de Santa Maria da Boca do Monte recebeu imigrantes russo-alemães, quando chegaram pessoas vindos da cidade de Saratow, na Rússia, no ano de 1877. Após o fracasso e a desistência destas etnias em ocupar as terras da Colônia é que a mesma foi destinada à imigração italiana.

Entre os meses de maio e julho de 1878, em razão do grande número de pessoas e das péssimas condições de higiene do local, uma grande epidemia infecto=contagiosa eclodiu entre a população ali instalada. As mortes já se sucediam em ritmo intenso e rápido. Os enterros eram feitos com o corpo envolto em lençóis, e quase todas as famílias foram atingidas. Acredita-se que tenham morrido no local, em poucas semanas, entre 300 e 500 imigrantes. A primeira leva de imigrantes italianos chegou a colônia de Silveira Martins por volta da primavera de 1877. O local que os abrigava foi denominado de Barracão de Val de Buia. Com a demora da demarcação de terras, outras famílias foram chegando e ali se estabelecendo, e logo o barracão já abrigava mais de 1000 imigrantes, em condições precárias, que esperavam a demarcação e a distribuição de suas terras.

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