Antigo Casarão dos Famer, localizado na cidade de Osório, na região do Litoral Norte do Estado do Rio Grande do Sul. O Casarão consta como constrído em 1883, e segue o estilo arquitetônico das construções feitas por imigrantes italianos que chegaram ao Brasil no final do século XIX. Embora o sobrenome Famer tenha se perpetuado, não foram eles que construíram o Casarão. O imigrante italiano Giuseppe Famer, nascido na Comuna de Verdello, província de Bergamo, na Itália, comprou de Pedro Anflor uma propriedade de 6.700m2 em Osório, na antiga Rua Sepúlveda, hoje João Sarmento. Nesta propriedade já existia a casa deste vídeo, que passou a ser conhecida desde então como o Casarão dos Famer.
Antes de mudarem residência para a cidade de Osório, os Famer se estabeleceram em Vila Nova, na cidade de Santo Antônio da Patrulha, após partirem do Porto de Gênova, na Itália, em 1892. Mais tarde mudaram-se para a localidade de Bocó, no Morro da Borússia. Somente em 1920 é que compraram a atual propriedade onde já se encontrava construído o casarão. Augusto e sua Esposa morreram cedo, deixando o filho Hermínio Famer ainda menor de idade. O Irmão de Augusto, José Famer Filho passou então a ser o tutor de Hermínio, que mais tarde casou-se com Sunta Goldani, tendo nove filhos naturais e três adotivos. André Famer, o filho mais velho do Casal foi quem assumiu os negócios da família. Em meados dos anos 1970, o comércio fechou as portas. E com a morte de André em 2001, a casa passou a pertencer às suas filhas.
Estabelecidos na Cidade de Osório, Giuseppe e seu filho Augusto montaram um comércio, que se denominava Augusto Famer & Irmãos, onde vendiam parte da produção de suas propriedades no interior do município e também de outros colonos e comerciantes. Com a morte de Giuseppe, seu filho Augusto e sua mulher deram andamento nos negócios da família. Junto dos prédios da Biblioteca Municipal, do Hotel Amaral e do Sobrado dos Bastos, o Casarão dos Famer é uma das construções mais antigas e importantes da história do Município de Osório. As marcas do tempo que a fachada ostenta, em meio à samambaias e a madeira carcomida, sustentam muitas das histórias que construíram e moldaram a alma dos antigos Osorienses. E que só por isso merece ser preservada.
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