segunda-feira, 26 de abril de 2021

A Casa Abandonada Que Virou Galpão de Serra


A Casa Abandonada Que Virou Galpão de Serra. Casa Abandonada que virou Galpão de Serra no interior de São pedro do Sul. Na estrada que leva ao município de Quevedos está o distrito de Cerro Claro, e ali encontramos esta casa abandonada que virou galpão para depósitos de materiais diversos.
Uma antiga casa de madeira, um chalé, que hoje não é mais habitado como residência. Os proprietários construíram uma casa de alvenaria ao lado desta construção, e fazem uso dela como um depósito e um galpão de serra.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Casas Antigas Casarões Antigos e Pousada em Vale Vêneto


Casas Antigas - Casarões Antigos e Pousada em Vale Vêneto. O Canal Arquitetura Abandonada traz, neste vídeo, dois casarões antigos, construídos no início do século por descendentes dos colonizadores italianos que chegaram ao Vale Vêneto, distrito turístico do Município de São João do Polêsine. Um deles foi reformado por seus atuais proprietários e funcionou como uma pousada até o ano de 2010, enquanto que o outro mantém muito da sua arquitetura original.
Em Vale Vêneto, município de São João do Polêsine, no Rio Grande do Sul.

sábado, 17 de abril de 2021

A Igreja Matriz N. Sra da Assunção da Cidade de Caçapava do Sul



Igreja Matriz de Nossa Sra. da Assunção da Cidade de Caçapava do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul. Em 05 de junho de 1800,  o Padre Bento Cortes de Toledo destinou uma provisão para a criação da primeira Capela Curada da Cidade. A atual Igreja de Caçapava do Sul começou a ser construída no ano de 1815. Em 15 de agosto de 1815 foi lançada a pedra fundamental da construção da igreja pelo padre Fidêncio José Ortiz da Silva.  As obras da construção da igreja matriz foram interrompidas em 1834, às vésperas do início da Revolução Farroupilha.

Em razão dos eventos históricos e da retomada de Caçapava do Sul pelos soldados imperiais nos anos de 1839/40, a influência política da Cidade entrou em declínio. Isso influenciou nas obras da igreja, que permaneceram paradas por quase um século, sendo retomadas apenas a partir da década de 1920. A partir de 1925 uma nova comissão para a conclusão da igreja foi organizada pelo Padre João Maria Chiaramonte e, mais tarde, pelo padre Julio Marin. A Igreja foi oficialmente dada como concluída nos centenários da Revolução Farroupilha, tendo sido aberta ao público em 20 de Setembro de 1935. 

A Igreja Matriz de Nossa Sra. da Assunção da Cidade de Caçapava do Sul apresenta como estilo as linhas da Arquitetura Barroca Portuguesa do Século XVIII-XIX, construída em proporções monumentais e com fachada simétrica e ricamente ornamentada. As duas torres frontais da Igreja apresentam zimbórios de cobre, cúpulas ou domos arredondados que foram extraídos das minas de cobre que existiam na Cidade à época da construção do templo. A fachada principal apresenta grande frontão triangular ornamentado que se abre diante de grande escadaria que dá acesso ao templo e a um grande coro central. As portas frontais são de madeira trabalhada e decoradas em alto relevo. 

No final da década de 1940 a igreja recebeu o piso central e foram construídos, um em cada lado da igreja, dois monumentos laterais, um dedicado às mães e representado por N. Sra da Assunção, e outro dedicado aos pais, representado por São José. A Igreja Matriz de Nossa Sra. da Assunção da Cidade de Caçapava do Sul foi tombada pelo IPHAE - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul no ano de 1985, através da portaria 06/85. A imagem de N. Sra da Assunção que existe na igreja é de origem portuguesa. Sua presença já era relatada na inauguração da Capela-mor no ano de 1828. Esta imagem aparece ao final do vídeo, quando mostramos a área interna da igreja. 


A igreja possui em seu acervo diversas peças de prataria portuguesa e missioneira e relíquias que pertenceram ao Padre Reus. O Altar-mor original da igreja, oriundo das Missões Jesuíticas, encontra-se atualmente no Museu Julio de Castilhos da Cidade de Porto Alegre. Outra curiosidade sobre a Igreja Matriz de Caçapava do Sul está guardada na história dos seus sinos. Dos três sinos existentes em uma das torres da Igreja, dois deles são mais antigos que a própria fundação do Estado do Rio Grande do Sul. 


Os Sinos Missioneiros da Igreja Matriz estiveram em disputa na Batalha de San Carlos, à época uma província jesuítica do Paraguai, e eram cobiçados pelas forças imperiais brasileiras que desconfiavam que havia ouro e prata em suas composições. Eles, no entanto, são feitos exclusivamente de bronze. Um dos sinos diz, em latim, pertencer ao povo de São Carlos, atualmente Província de Corrientes, na Argentina, fundido em 1714/15. O outro, fundido no ano de 1732, identifica a sua fundição na redução jesuítica de La Santísima Trinidad do Paraná, hoje no Paraguai, e traz ainda o nome de seu fundidor, o índio Iganatius Guarepi. O terceiro sino existente na torre é brasileiro e foi fundido no ano de 1950.

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Casas Antigas - O Magnifico Destino do Antigo Casarão



O Magnifico Destino do antigo Casarão
O Canal Arquitetura Abandonada esteve na casa que vai abrigar o projeto Espaço Sobrado Cultural, sede da TV OVO de Santa Maria, no RS.
O prédio foi adquirido pelo jornalista Marcelo Canellas e doado a TV OVO, sob a responsabilidade de transformamr o espaço numa casa de cultura.
O prédio foi tombado como patrimônio histórico e cultural da cidade de Santa Maria, última etapa para que se pudesse iniciar os projetos de captação de recursos para a remodelação e transformação do local.

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Casas Antigas - O Colorido da Vila Belga na Cidade de Santa Maria


A Vila Belga constitui-se de um conjunto de edificações construídas pela empresa ‘Compagnie Auxiliaire des Chemins de Fer au Brésil‘ para os seus funcionários. Sua denominação faz referência à nacionalidade da empresa e de seus primeiros moradores. Localizada próxima à Gare da Viação Férrea da cidade de Santa Maria, às unidades residenciais somam-se ainda a sede da Cooperativa de Consumo dos Empregados da Viação Férrea do Rio Grande do Sul (CEVFRGS), seu clube e cinco armazéns. O conjunto foi projetado pelo engenheiro belga Gustave Vauthier que era diretor da Auxiliaire.

Em 1898 a empresa belga, a Compagnie Auxiliaire arrendou a Estrada de Ferro Porto Alegre - Uruguaiana. Logo depois, em 1901, relocalizou para Santa Maria, suas oficinas que funcionavam em Taquari. Em 1905, ao assumir a administração de toda a Viação Férrea do Rio Grande do Sul, a Auxiliaire transferiu também sua sede para Santa Maria. Nesta época Santa Maria já abrigava as oficinas da belga Compagnie des Chemins de Fer. Esta escolha foi estratégica porque Santa Maria, após o início da construção da Estrada de Ferro Santa Maria - Marcelino Ramos e a previsão de seu prolongamento até São Paulo, tornou-se um dos principais entroncamentos da linha.
Para abrigar seus funcionários graduados (mas não propriamente do primeiro escalão) que trabalhavam diretamente na operação do pátio ferroviário, a Auxiliaire adquiriu uma gleba urbana próxima à Estação de Santa Maria e iniciou a construção de uma série de residências, conjunto que ficou conhecido como "Vila Belga". Em 1910 foi completada a linha férrea que partia de Itararé (SP), passando por Marcelino Ramos e Santa Maria, alcançava Rio Grande, formando a ferrovia Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande. Tal integração consolidou Santa Maria como cidade ferroviária, título que mereceu, pelo menos, até meados da década de 1960.
Composta inicialmente de apenas unidades residenciais, ao longo do tempo teve acréscimos como a construção da farmácia (1917), Escola de Artes e Ofícios (1918-1920), açougue (1920), escola (1924-1930), Casa de Saúde (1931 - 1933), Padaria Modelo e fábrica de bolachas (1962). Os diretores da empresa viveram em chácaras na Avenida do Progresso (atual Avenida Rio Branco) que ligava a estação ao centro de Santa Maria. Há poucos dados disponíveis sobre a quantidade de funcionários da ferrovia lotados nas suas unidades sediadas em Santa Maria. Estima-se que, apenas nas oficinas de Santa Maria, o número de operários era de 589, em 1921, chegando a 750, no início da década de 1940. Também contou com outros edifícios como uma tipografia, uma indústria de torrefação e moagem de café, fábrica de sabão, Clube dos Funcionários, prédio sede da Cooperativa e armazéns.
Mesmo após a passagem da administração da Auxiliaire, a Vila Belga continuou servindo como moradia para os funcionários da linha. Desde janeiro de 1988, a Vila Belga é considerada patrimônio histórico e cultural do município de Santa Maria e estadual (IPHAE). Em 1997, através de leilão que deu preferência aos então moradores, as casas passaram a ser propriedades particulares. Com os conflitos na Europa que acabaram por desencadear a eclosão da Primeira Guerra Mundial, ao mesmo tempo em que geraram um aumento das exportações para os países envolvidos nos conflitos, causaram o endividamento da empresa belga. Como resultado, em 1910 a Brazil Railway Company adquiriu 70% das ações da Auxiliaire.

Composta inicialmente de apenas unidades residenciais, ao longo do tempo teve acréscimos como a construção da farmácia (1917), Escola de Artes e Ofícios (1918-1920), açougue (1920), escola (1924-1930), Casa de Saúde (1931 - 1933), Padaria Modelo e fábrica de bolachas (1962).
Apesar de ter sido construída por uma empresa ferroviária para fornecer habitação próxima aos locais de trabalho dos seus funcionários, a vila não se configura como uma tradicional "vila operária". Isto é, não está separada das cidades e não foi construída segundo princípios hierárquicos e de organização social, mas sim como um pequeno bairro do município de Santa Maria.