segunda-feira, 30 de agosto de 2021

A História da Antiga Colônia de Imigração Italiana de Vale Vêneto no RS


A História da Antiga Colônia de Imigração Italiana de Vale Vêneto no RS. Quando, em 1876, o Governo Imperial de Dom Pedro II iniciou um processo de imigração gratuita pelas 22 províncias formadas no império do Brasil, na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul desenvolveu-se também a imigração em massa com a vinda de grande número de imigrantes para a região.

Na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul foram criadas quatro colônias para receber os imigrantes, sendo elas: Conde D’Eu hoje o Município de Garibaldi, Dona Isabel hoje o Município de Bento Gonçalves, Fundos de Nova Palmira hoje o Município de Caxias do Sul e mais tarde a colônia de Silveira Martins, conhecida como a quarta colônia de imigração.

Da região do Vêneto, no Norte da Itália, é que saíram os imigrantes que aqui chegaram e povoaram a região. Os imigrantes partiram do Porto de Gênova, Itália, e chegaram ao Rio de Janeiro em 20 de abril de 1878. Do Rio de Janeiro seguiram viajem até Porto Alegre, e de lá saiam em pequenas embarcações subindo o Rio Jacuí, e aportando na cidade de Rio Pardo.

Então, da cidade de Rio Pardo, eles prosseguiam a viagem sobre carretas puxadas por bois até o Barracão de Val de Buia, no hoje Município de Silveira Martins. Passados quinze dias chegavam ao barracão, onde aguardavam a demarcação e a liberação de seus lotes de terras. Enquanto aguardavam a distribuição das terras, uma peste (epidemia), dizimou cerca de 400 pessoas. Este acontecimento fez com que o governo Imperial acelerasse o processo das demarcações de terras doadas aos imigrantes.
No entanto, os imigrantes tinham que eles mesmos explorar a região, marcada pela cordilheira de São Martinho, abrindo piquetes e caminhos no meio da selva, pois não havia estradas e nenhuma infraestrutura. E a chegada contínua de novos imigrantes fez com que a Colônia de Silveira Martins se expandisse pelos contra fortes da serra de São Martinho. Em decorrência disso, em 1878 chegaram as 11 primeiras famílias de imigrantes neste vale, conhecido por "Buraco" em virtude de sua localização. No mesmo ano, chegaram ao vale mais famílias lideradas por Paulo Bortoluzzi, e por ser esta uma família numerosa, o nome do local passou-se a chamar Vale dos Bortoluzzi.
O Nome de Vale dos Bortoluzzi foi, no entanto, motivo de muita discórdia na comunidade, uma vez que outras famílias alí também se estabeleceram. Foi então que, por intermédio do Padre Sório, vindo da Itália a pedido das famílias para exercer no local as suas funções clericais, fez uma reunião com os imigrantes afim de mudar o nome do lugar. O grupo dos Bortoluzzi, tinham uma situação financeira privilegiada perante os demais imigrantes que os acompanhavam e, por isso, puderam construíra um moinho e uma bodega. Por exercer liderança na localidade, Paulo Bortoluzzi é considerado o fundador de Vale Vêneto.

Adotou-se assim o nome de “Val Vêneta”, em razão da região de origem da maior parte dos imigrantes. E quando da visita do Bispo de Porto Alegre ao local no ano de 1909, foi sugerido que o nome fosse passado para o português, Vale Vêneto, nome este que permanece até os dias atuais. Na escola, alunos e alunas conviviam em regime de internato, sob a égide das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, congregação esta fundada na França por Bárbara Maix no ano de 1849. A escola encerrou suas atividades no ano de 1980, e aluga parte de sua estrutua ao estado do RS que mantém ali uma escola estadual.

A escola Nossa Senhora de Lourdes, que aparece no início deste vídeo, funcionou no Vale Vêneto, em regime misto de internato de 1892 até o ano de 1980. Era uma escola particular de educação confessional católica. Ali se estabeleceu o primeiro ginásio religioso educacional misto do interior do estado do RS. A Congregação Religiosa ainda mantém no Local uma Casa de Retiros. A Casa é aberta ao público para hospedagens em Vale Vêneto, e tem espaço adequado para cursos, retiros e hospedagens em Vale Vêneto, distrito de São João do Polêsine.

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Igrejas Antigas do Brasil A Catedral de Foz do Iguaçu


Igrejas Antigas do Brasil . Igreja Matriz Catedral de São João Batista, localizada no centro da cidade de Foz do Iguaçu, estado do Paraná, no Brasil, construída à partir da década de 1920.

Ao lado da igreja, a casa paroquial cuja construção foi concluída em 1930, e que serviu de escola provisória do Instituto São José, administrado pelas irmãs filhas da caridade de São Vicente de Paula, entre os anos de 1948 e 1952.

A pedra fundamental para a construção da Catedral foi posta em 24 de junho de 1925. Antes havia alí uma capela de madeira que foi completamente destruída por um incêndio acidental, causado por fogos de artifício quando a população local comemorava a partida da Coluna Prestes da cidade, que alí concentrou suas forças antes do início de sua Marcha pelo Brasil.

A Coluna Prestes foi um movimento originário do tenentismo que percorreu o Brasil entre ao anos de 1925 e 1927, em confronto com as tropas dos governos de Artur Bernardes e Washington Luís durante a Primeira República. Ao longo de sua trajetória, a Coluna percorreu mais de 25 mil quilômetros em protesto contra os governos vigentes.
A Catedral de São João Batista foi definitivamente inaugurada em dezembro de 1952 por Dom Manoel Könner. Em 1978, sofreu uma primeira reforma. No ano de 2014, sofreu nova reforna, quando mais de 70% do prédio original teve de ser reconstruído. Hoje a capacidade da catedral é de 550 pessoas.

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Lugares Abandonados - A Estação Abandonada da Estiva


Lugares Abandonados - A Estação Abandonada da Estiva. Antiga Estação Férrea da Estiva, localizada na localidade de Estiva, interior do Município de Restinga Seca, no Estado do Rio Grande do Sul, hoje completamente abandonada. A estação de Estiva foi inaugurada em 13 de Novembro de 1885 pela Empresa E. F. Porto Alegre-Uruguaiana, e deve o seu nome em razão da existência de uma ponte sobre o arroio que passa na localidade. O Termo Estiva significa pontilhão feito com varas.
A Empresa E. F. Porto Alegre-Uruguaiana que construiu esta estação foi aberta como empresa federal em 1883. Em 1898 foi encampada pela Cie. Auxilaire, empresa belga de Exploração ferroviária que atuava no sul do Brasil. No ano de 1920, a linha tornou-se estatal outra vez, agora administrada pelo estado do RS, através da VFRGS. Em 1957 foi encampada pela RFFSA. No RS, as ferrovias passaram a ser construídas por volta de 1870, sempre em regiões coloniais e de produção mercantil, No Brasil, as ferrovias chegaram em 1850. E foram determinantes no surgimento, reordenação, formação e desenvolvimento de grande número de Municípios por onde passavam os seus trilhos.

A Estação da Estiva, no entanto, tinha fluxo intenso de passageiros por ter alí o serviço de telegramas e por escoar toda a produção local, inclusive do hoje Município sede de Restinga Seca, que a época de sua construção não possuia uma estação fixa. A Estação da Estiva era de pequeno porte para os padrões da época, e classificada como uma "estação-parada", sem caixa dágua, de pequeno fluxo de carga e passageiros, mas que servia de ponto de manobras em razão de ser uma estação de cruzamento de trens.

A Estação da Estiva era o centro de referência da comunidade e da localidade que cresceu ao seu redor. Com a sua desativação à partir de 02/02/1996, a localidade declinou vertiginosamente, restando poucos moradores e nenhum comércio que, outrora, foi um centro de referência regional.
O Prédio encontra-se em ruínas e consta que teria sido municipalizado para a sua conservação e preservação da memória ferroviária do Município de Restinga Seca. Hoje apenas trens cargueiros passam pela estação, explorados pela concessionária Rumo Logística.

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Casas Antigas e Abandonadas - A Casa das Oficinas


O Video Casas Antigas e Abandonadas - A Casa das Oficinas é um vídeo que conta a história de um lugar esquecido e que teve seu auge na época dos trens de passageiros e de mercadorias movidos a vapor. Um lugar de muitas casas antigas, que revela suas histórias esquecidas. Veja a história:

Antiga casa abandonada localizada na Vila Jacuí, interior do Município de Restinga Seca, região central do estado do Rio Grande do Sul. As oficinas estavam construídas ao redor da estação de Jacuí, ainda existente no local, que foi inaugurada em 1885 pela E. F. Porto Alegre-Uruguaiana, empresa concessionária do trecho à época de sua construção. Corresponde a última construção ainda em pé, mesmo que em ruínas, de um antigo conjunto de oficinas da rede ferroviária que alí se estabeleceu desde os idos do ano de 1885.
A linha ferroviária e as oficinas da Vila Jacuí tornaram esta localidade em um pólo de desenvolvimento. A economia girava em torno da ferrovia. Foram construídas muitas casas, onde os funcionários da rede ferroviária se instalavam, e esta, com certeza, era uma delas. As oficinas tiveram muita importância no início da implantação ferroviária no RS, quando ali que se instalaram as oficinas telegráficas da ferrovia. Também funcionava ali um depósito de locomotivas.
Em 1960 o local deixou de funcionar como depósito de locomotivas. Nesta época a maioria das casas da rede férrea existentes no local já estavam abandonadas. Consta que Após uma briga particular entre o chefe da estação responsável pelas oficinas com um funcionário, as mesmas foram transferidas de local. A transferência das oficinas se deu no ano de 1948.

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Casas Antigas - A Fachada do Antigo Hotel Central


Casas Antigas - A Fachada do Antigo Hotel Central, um vídeo que traz um casarão antigo e semi abandonado no centro da cidade de São João do Polêsine. Corresponde a Fachada do antigo Hotel Central, na cidade de São João do Polêsine, estado do Rio Grande do Sul.
Consta ter sido construído pela família Sônego, por descentes das primeiras gerações de imigrantes que chegaram ao local por volta de 1876. O Hotel encontra-se desativado como comércio, mas ainda serve de residência e encontra-se ocupado por moradores da cidade.
Lendas e folclores à parte, trata-se de uma construção que retrata a historicidade e a formação dos primórdios do Hoje Município de São João do Polêsine, na região central do Estado do RS. A construção dos anos 30/40 domina a paisagem em que se encontra construída, e suscita a fama de ser habitada por fantasmas, segundo histórias que nos foram contadas por uma moradora da cidade.